Banco Central fixa novos limites a tarifas de transação com cartões a partir de abril de 2023

Banco Central fixa novos limites a tarifas de transação com cartões a partir de abril de 2023

Novas tarifas para operações com cartões entram em vigor no dia 1º de abril de 2023. Saiba o que muda e quais são os impactos para varejistas, consumidores e instituições financeiras.

O Banco Central decretou uma mudança importante na cobrança da Tarifa de Intercâmbio – TIC para este ano. Além da TIC, também haverá mudança no prazo de liquidação de operações dos cartões pré-pago e cartões de débito. Empresas de meios de pagamento com bancos, fintechs, emissores e credenciadores de cartões devem ficar atentos à mudança.

Alguns bancos, inclusive, já se posicionaram sobre o que acontecerá a partir das decisões do Banco Central. Agora, instituições bancárias e fintechs, por exemplo, precisam encontrar alternativas para otimizar os meios de pagamento e não diminuir a receita.

As novas regras entram em vigor em abril, mas é fundamental começar a planejar as adaptações desde agora. Entenda melhor neste artigo!

Novos limites a tarifas de transação com cartões: o que muda?

As novas regras sobre os cartões foram estabelecidas pelo Banco Central através da edição da Resolução BCB nº 246. A mudança passará a ser válida a partir do dia 1º de abril de 2023. A resolução determina a redução da TIC, que passará a ter limite máximo de 0,5% para transações com cartões de débito e de 0,7% para transações com cartões de crédito e pré-pagos.

A TIC é o valor pago à bandeira emissora do cartão, como Visa ou Mastercard, por exemplo. Ela é remunerada pela empresa credenciadora do estabelecimento (empresa que aluga as maquininhas de cartão para os comerciantes) a cada transação que a empresa realiza. 

Além da fixação das novas tarifas, houve também uma alteração no prazo de liquidação das operações: a partir de agora, os recursos deverão ser disponibilizados ao estabelecimento comercial no mesmo prazo (D+2). O prazo se aplica tanto a cartões de débito quanto a cartões de crédito e pré-pagos.

O objetivo da nova resolução do Banco Central é estimular que os consumidores optem por meios de pagamentos com menos taxas e reduzir os custos das transações com cartões para os comerciantes.

Vantagens das novas regras sobre cartões

Vale destacar que o custo da Tarifa de Intercâmbio – TIC que o credenciador repassa à empresa emissora do cartão também é repassado ao consumidor. Sendo assim, a mudança na taxa da máquina de cartão de crédito tende a diminuir os custos do produto para o comerciante e para o consumidor. Já os comerciantes terão mais transparência com relação aos valores que são repassados para os emissores de cartões.

Além desses benefícios, outros podem ainda ser citados, como por exemplo:

  • Mais eficiência e concorrência no ecossistema de pagamentos eletrônicos;
  • Menos custos para o comerciante nas transações com cartões, com possiblidade de oferecer produtos e serviços mais baratos ao consumidor;
  • Melhor gestão de fluxo de caixa por parte dos comerciantes;
  • Redução dos custos envolvidos nas antecipações de recebíveis.

Impactos das novas tarifas para transações com cartões

Quem sentirá mais o efeito das mudanças na taxa da máquina de cartão de crédito, TIC, entre outras, são os bancos digitais. Hoje, eles são os mais beneficiados com o repasse do valor de intermediação para o uso do cartão.

Segundo a previsão, isso deve reduzir em 50% o faturamento das fintechs. Atualmente, elas atuam com índices que variam de 1,1% a 1,5%, portanto terão uma perda significativa. 

O Nubank, um dos principais bancos digitais do Brasil, já se pronunciou sobre a nova resolução do Banco Central. De acordo com o banco, o impacto negativo na receita anual será de 2,9%, já que em 2022 o TIC sobre os cartões pré-pagos representou 7% do seu faturamento.

A Federação Brasileira de Banco (Febraban) se manifestou afirmando que a medida do Banco Central é positiva. Segundo a nota da federação, as medidas vão ajudar a diminuir a falta de equilíbrio nas tarifas. Contudo, a Febraban alerta que isso pode afetar a oferta de produtos e serviços, se não ocorrer da forma correta.

A Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) também aprovou a medida. A entidade afirma que é a favor da livre concorrência e não apoia “tabelamentos” de preços.

Encontrar novas maneiras de gerar receita é solução para bancos e fintechs

Com as mudanças na Tarifa de Intercâmbio – TIC, em especial, um novo desafio surge para empresas de meios de pagamento como bancos e fintechs. Ao criar limites para as transações com cartões de crédito, débito e pré-pago, o Banco Central também favorece o uso do Pix, por exemplo. Apesar de rápido e seguro, esse meio de pagamento diminui o lucro das instituições financeiras a partir do repasse da tarifa TIC.

Contudo, o intercâmbio das tarifas de cartões é apenas uma das fontes de receita dos bancos, mas não pode ser a única. Com isso, os bancos e fintechs precisam encontrar alternativas para lucrar além da taxa da máquina de cartão de crédito.

Nesse momento, o foco das empresas a partir do limite de cobrança nas máquinas de cartão deve ser em novos modelos de negócios. O ideal é se adaptar e apostar no desenvolvimento de soluções mais sustentáveis para gerar receitas.

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